sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sonhos...

Ao ler a estória de Márcio Vassalo e Releitura de Neusa Maria Carlan Sá “ O príncipe sem sonho” pude colocar ainda mais em prática o que sempre fiz com meus alunos que é instigar os sonhos, pois através deles podemos viver e acreditar em coisas melhores, até desejar coisas que parecem impossíveis. Fiz uma pesquisa com os pais de meus alunos para saber se tinham sonhos e qual tipo de sonhos eram, depois em uma reunião de pais li o texto citado acima para os mesmos que acharam interessante e fizemos uma reflexão .
Sentimos nossos sonhos, mas não sabemos de onde vem, nem pra onde vão. Os sonhos transformam o mundo. Precisamos tornar nossas mentes usinas de sonhos, pois assim com eles e através deles teremos, a motivação de cada dia, superando obstáculos que aparecem em nossas vidas. Sonhar, sonhar, sonhar... Mas principalmente acordado para que os mesmos se tornem realidade. Meus alunos sonham em ter uma casa grande, carro, pois isso não faz parte de sua realidade, mas fico feliz em saber que eles alimentam desejos, e querem realizar seus sonhos. E eu instigo que eles sonhem cada vez mais, e que isso se torne um aprendizado em suas vidas.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Criatividade

Através da realização do Inventário Criativo pude reafirmar que prática feita de maneira lúdica com os alunos é com certeza a melhor maneira de fazê-los aprender. É fantástico notar os alunos se apropriando do conhecimento e demonstrando suas aprendizagens, liberando suas emoções com os exercícios propostos, também fica evidente que através de uma atividade podemos trabalhar diversos conteúdos. O teatro por si só constrói conhecimento, o fazer teatral possibilita maior compreensão por parte do indivíduo de si e do mundo, pois exige uma reestruturação física e mental. Com isso podemos trabalhar em vários campos do conhecimento tendo como base uma única atividade e relacionando - a com as demais áreas do conhecimento valorizando a globalização das interdisciplinas, pois a música, a arte a ludicidade e a literatura se fizeram presentes em todos os momentos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Releitura de imagens

Foi bastante importante realizar esta atividade . Fiz a Releitura de As meninas deVelázquez , pois consegui perceber que através da mesma podemos abrir um grande leque para novas aprendizagens em outras áreas do conhecimento. Como já sei que arte não é um dom, percebo a importância de oportunizar os alunos atividade para desenvolver sua criatividade Como professora procuro despertar em meus alunos o gosto pelas atividades da arte em si, mas percebo que agora vou poder fazer muito mais, trazendo o verdadeiro ensino da arte baseada em teoria e prática, qualificando as atividades. Sempre que solicito que meus alunos façam um desenho, digo que podem fazer como acham como imaginam, pois ninguém faz desenhos iguais, que cada um tem sua maneira. Eu desenho no quadro, pergunto se alguém quer me ajudar a fazer os desenhos, eles gostam de desenhar, confesso que na maioria das vezes os meus desenhos ficam horríveis e os deles lindos, então digo a velha frase que cada um desenha como sabe e já percebi que isto estimulou os que não desenhavam por medo de ficar “feio” após fazer as leituras solicitadas, vejo que eu também sofrerei uma reciclagem, pois a proposta Triangular, Multiculturalismo e Cultura Visual, implicam em novos paradigmas para a Arte. E isto também está ligado em saber as etapas pelas quais as crianças passam analisando a Linguagem gráfica e escultórica da criança, podemos compreendê-las, o que facilita o trabalho desenvolvido com os alunos.

O poder do lúdico


Aprendizagem de maneira lúdica se torna significativa. Negrine” afirma que a relação com a pré-história de vida. Um estado de espírito . Um saber que vai se instalando na conduta do ser devido ao seu modo de vida, dimensão humana que envoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade, de ação, livre de pressões e avaliações”. Um exemplo de aprendizagem de verdade jamais é esquecido, fica registrado, guardado em nossa memória, é como andar de bicicleta, aprendemos e não esquecemos mesmo se não praticarmos todos os dias continuamos sabendo andar.
Conceitos:
Jogo: ação lúdica envolvendo uma situação estruturada pelo próprio tipo de material.O jogo sempre se fez presente com eixo central nas relações humanas, seja sob formas de rituais, mitos, trabalhos, festividades ou divertimentos.
Brinquedo: é o suporte de uma brincadeira. È no objeto concreto ideológico.
Brincadeira: é a descrição de uma conduta estruturada com regras implícitas ou explícitas.
Caillois (1986) o jogo é uma atividade livre e voluntária, fonte de alegria e diversão.
Huizinga (1996) destaca como um elemento importante do jogo o seu caráter “não-sério”. que diz respeito a um estado de espírito de quem o pratica e não a um julgamento de valor.
Para Kishimoto (2002), tal caráter está relacionado ao riso, ao cômico.
Negrine (1994) diz que jogar não é apenas uma atividade e sim uma atitude que emana uma vivência de sentimentos e sensações que nos fazem desvendar significados e tomar decisões.
Características do brincar:
O jogo na perspectiva lúdica não tem nenhuma intenção, somente o prazer em jogar.
O controle interno, a incerteza o inusitado.
Efeito positivo: Prazer, alegria, descontração, satisfação. Presença do sorriso.
Flexibilidade: ausência de pressão no ambiente. É a liberdade de ação, o ensaio de novas idéias e combinações, graças a um ambiente não diretivo; é a busca de alternativas; O jogo só pode ser considerado jogo se a sua escolha partir de livre e espontânea vontade do sujeito que joga. Quando o jogo passa a ser uma tarefa ou uma atividade obrigatória deixa de ser um jogo e passa a ser trabalho ou ensino. Negrine (1994) afirma: uma atividade com fim lúdico em que a pessoa se vê obrigada a participar, cessa de ser jogo e se converte em obrigação, em moléstia da qual a pessoa procura logo se livrar.
Os objetos ou situações de um jogo podem ter um outro significado para o sujeito que brinca, conforme o seu desejo. “O jogo só é jogo quando a criança pensa apenas em brincar” – Kishimoto (2002). Não há outro interesse durante a brincadeira que não seja o próprio ato de brincar. Durante a atividade o sujeito está preocupado apenas com o processo não com o seu fim.
Com isso reforço minha prática pedagógica e transformo ainda mais alguns conceitos no fazer prático trazendo mudanças ao ambiente de sala de aula. Brincar, também tem que ser só por brincar, a criança aprende enquanto brinca e aprende de forma prazerosa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Notícia

Manfred Spitzer, psiquiatra alemão se dedica em entender como o cérebro aprende e defende que professores estejam a par das novos descobertas na área. Ele escreveu um livro destacando a importância da música no aprendizado. Spitzer, diz que crianças que tocam instrumentos têm melhor desempenho em diversas áreas do que as que não tocam. Quando as crianças aprendem um instrumento, elas têm um retorno imediato daquilo que aprenderam. Elas aprendem “ sim, eu consigo fazer isso e, quanto mais eu treinar, melhor eu serei”. E uma vez que elas aprendem isso-que podem fazer bem algo-, serão capazes de aprender o que quiserem. Isso é algo que cada criança deve aprender, e a música é uma boa maneira de saber disso. Leia na íntegra www.zerohora.com/blogdovida

Resgatando época

Trazer aos nossos alunos e filhos um pouco para a época em que éramos crianças, resgatando músicas e brincadeiras pertinentes a esta época. Sugestões para ouvir:

1-Disquinho o melhor da coleção trazem leituras de antigas fábulas, como os antigos discos de vinil coloridas. Com 12 histórias, como Chapeuzinho Vermelho e o Gato de botas.
2- Os Saltimbancos, o Cd. Sucesso que traz 13 canções originais da peça homônima escrita por Chico Buarque.
3-Turma do balão mágico DVD+ Cd . Quem não se lembra do grupo musical dos anos 80 composto pó Mike, Jairzinho, Toby e Simony? O álbum traz canções e videoclipes.
4-Clássicos e reinações de Narizinho, volumes 1 e2, e Viagem ao Céu de Monteiro Lobato. O Mágico de Oz, de Frank Baum. Editora Ediouro, 2006. Tradução de Paulo Mendes campos do clássico eternizado pelo filme estrelado por Judy Garland em 1939.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Obras de arte


Rabisco/ Garatujas

Valorizando as produções

Linguagem gráfica e escultórica da criança.
A arte e percepção visual, desenvolvimento escultórico. Tem na base construtivista a produção artística como sistema de representação, reconstrói criativamente, em cada estágio se relaciona com diferentes objetos e está em constante aprendizagem. Pude perceber e relembrar as etapas do grafismo e suas principais características observando a linguagem gráfica e escultórica da criança. Lendo sobre seus estágios e relacionando-os percebi claramente que meu filho de um ano e nove se encontra no estágio da rabiscação/garartuja, onde não há significação intencional, não tem controle motor dos movimentos, apresenta movimentos circulares longitudinais evoluindo para formas triangulares, cruz , xis, denominado por Rhoda Kelloag, por diagramas básicos. Bem como meu filho está neste estágio nos últimos dias vem fazendo lindas obras de arte pelas paredes de toda a casa achando o máximo... Colocarei algumas fotos de suas obras . Também ao ler todos os estágios reforcei mais ainda à importância do professor frente ao desenvolvimento artísticos das crianças valorizando e incentivando a arte, observando a sensibilidade além dos limites específicos do grafismo, não deixando influenciar-se apenas no formalismo reprodutivo e sim observando os estágios de desenvolvimento gráfico da infância à adolescência e principalmente o ritmo e individualidade de cada criança

sábado, 1 de dezembro de 2007

Contação de histórias

"Na hora de contar se faz necessário preparar a história antes; ensaiar sempre acreditar na história que está sendo contada... Celso Sisto."Durante a contação realizada pelas colegas na aula presencial me senti uma verdadeira criança e pude perceber ainda mais a importância de contar histórias para nossos alunos, filhos, sobrinhos... Continuo batalhando para melhorar cada vez mais a minha contação, e também fico muito feliz em saber que habilidades artísticas não são dons podemos desenvolvê-las aperfeiçoá-las. Contar histórias envolve muitas emoções, e desperta muitas tantas outras.

Contos de fadas


Contos de fadas em que a princesa ganha seu príncipe e vive feliz para sempre são, com freqüência, distorções dos contos folclóricos originais, confirma uma pesquisa feita pela Universidade Mount Alison, em New Brunswick, Canadá, examinou os contos de fada sob uma ótica feminista, devido a seu interesse em como a literatura infantil afeta a maneira como as mulheres acabam enxergando seu lugar no mundo.
- Muitos dos contos de fadas mais antigos foram narrados por mulheres-disse Guare.
A pesquisadora argumenta que as diferenças em muitos casos são pequenas, mas que as vozes das mulheres e seus desejos para suas vidas são perceptíveis nas versões mais antigas.
- Tudo isso foi apagado quando os irmãos Grimm e a Disney tomaram conta das histórias-disse ela, observando que as versões apresentadas pelos irmãos Grimm talvez sejam as mais sexistas que existem, já que foram escritas para a sociedade patriarcal do século19.
Na versão de Rapunzel de 1812 celebrizada por Jacob e Wilhelm Grimm, Rapunzel é banida para o deserto pela bruxa, até ser encontrada pelo príncipe.
- Ela nunca faz nada para controlar sua própria vida. Apenas é passada da bruxa para o príncipe, e se percebe o que é que ela quer.
Uma versão italiana mais antiga da mesma história, chamada A Bruxa do Jardim, a conta de maneira diferente: a garota se salva sozinha e retorna sua mãe. Não há príncipe que a resgate.
- Talvez precisemos retomar às histórias originais e ver se encontramos narrativas que sejam mais úteis no contexto de hoje-sugere Guare.
Reportagem do Jornal Zero Hora de 19 de novembro de 2007.
Relacionando com o texto sobre Encantos para Sempre. Encantos para sempre “ de Ana Maria Machado". Sabemos que os contos de fada são clássicos , porém o que se discute é se realmente ela estão de acordo com a realidade de hoje? Onde as crianças apresentam outra formação, pois apresentam algum tipo de ideologias impregnadas de mal-entendidos, que con­vêm tentar esclarecer e desfazer.
Para discutir esse problema, a primeira coisa a lembrar é que esta­mos falando de uma forma de literatura. De qual­quer maneira, toda narrativa literária se constrói em cima de elementos que vão se correspondendo de modo coerente e que aos poucos vão erigindo um edifício de sentido. É para isso que o homem conta histórias — para tentar entender a vida, sua passagem pelo mundo, ver na existência alguma espécie de lógica. Cada texto e cada autor lidam com elementos diferentes nessa busca, e vão adequando formas de expressão e conteúdo de um jeito que mantêm uma coerência in­terna profunda que lhe dão sentido.
Uma análise dos contos de fadas tradicio­nais revela que eles até que não são tão retrógrados assim, como pode parecer ao ideólogo mais superficial e apressado. Simbolicamente, re­fletem os anseios de ascensão social que caracterizavam a época em que se difundiram - tanto de mulheres condenadas a rotina do tra­balho doméstico, quanto das classes menos favorecidas, em geral. Contos de fadas tem a ver com os desejos, medos e anseios do ser humano em geral, independentemente de época, classe social, na­cionalidade. Essas histórias sempre funcionaram como uma válvula de escape para as aflições da alma infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais felizes dessa experiência. Davam-lhes a certeza de que no final tudo acabava bem e todos iam ser felizes para sempre. Os contos de fadas continuam sendo um manancial inesgotável e fundamental de clássicos literários para os jovens leitores. Não saíram de moda, não. Continuam a ter muito o que dizer a cada geração, porque falam de verdades profundas, ine­rentes ao ser humano.