segunda-feira, 28 de junho de 2010

Interação entre aprendizado e desenvolvimento

Vygotsky (1984) pontua que o desenvolvimento se dá pela aprendizagem, quanto mais se aprende, mais se desenvolve assim a interação com os demais é essencial.
Vygotsky (1984) traz como questão central a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio, identificando dois níveis de desenvolvimento: um real: já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, um potencial, que é capacidade de aprender e entre esses dois níveis está esta a zona do desenvolvimento proximal: a distância entre aquilo que a criança faz sozinha e o que ela já é capaz de fazer com a intervenção, a potencialidade de aprender que não é a mesma para todos. Durante o meu estágio desenvolvi as atividades baseada na zona de desenvolvimento proximal dos alunos. Sendo a escola um espaço educativo, deve sustentar relações de respeito ao indivíduo, sem perder a noção do coletivo, através de trabalhos que envolvam a todos. Vygotsky (1984) considera que o educando é um sujeito ativo e interativo no seu processo de conhecimento, já que não é visto como aquele que recebe passivamente as informações, tampouco aprende sozinho, mas nas relações que estabelece em seu meio social. A interação social é de suma importância para o desenvolvimento humano. Penso que os professores poderiam estar mais atento a isto e trabalhar com esta questão em sala de aula, facilitando assim o aprendizado. O conceito de zona do desenvolvimento proximal nos permite a compreensão da dinâmica interna do desenvolvimento individual. Assim procurei durante este período de trabalho elaborar estratégias pedagógicas que auxiliassem este processo. Realizando trabalhos em grupo, com o objetivo de cultivar nos alunos: o respeito às regras de convivência; atitudes de responsabilidade; formação de vínculos afetivos; a apropriação de atitudes de solidariedade; a interação com colegas; e a cooperação em diferentes situações cotidianas. Nas diversas atividades propiciadas aos alunos, primei pela autonomia dos mesmos, sempre respeitando seus ritmos e individualidades.

Referências:
VYGOTSKY, Lev. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

EAD- Um Grande desafio

Semana passada saiu no Jornal Zero Hora uma reportagem intitulada, Guia de Educação à Distância.
Ao ler a mesma me reportei ao início do curso EAD. Quando iniciei minha formação, não tinha idéia do que me esperava pela frente.
A demanda de um curso á distância é bem maior do que o de um curso presencial pode afirmar isso, pois já estive em presencial.
Segundo, Franco “os cursos á distância não servem para quem não tem tempo”.Realmente tenho que concordar, o meu tempo tornou-se escasso, é preciso muita disciplina, garra e força de vontade para permanecer na batalha. São muitas horas de estudo, muitos trabalhos a serem realizados. E todos precisam ter qualidade.
Procurei um curso à distância pelo fator financeiro e tive mais sorte que juízo, pois encontrei o EAD da UFRGS. E também porque tinha como visão inicial de que teria mais tempo disponível.
A ideia de que em um curso a distância estudaria bem menos me agradava, teria mais tempo para a família, pois já trabalho quarenta horas semanais.
Logo no início da formação percebi que estava enganada, a carga de estudos é enorme, a dedicação e disciplina precisam ser grandes aliadas.
Minha caminhada pela qualificação profissional esta quase no fim, mas já posso dizer que a fiz com bravura.
Para chegar até aqui, algumas coisa foram são necessárias. É essencial não confundir a flexibilidade de horários, a autonomia para a realização das tarefas com falta de aprendizado e responsabilidade com os estudos. Pelo contrário este curso não é moleza a exigência do mesmo às vezes chega a ser sobre natural.
É preciso ter autonomia na busca das aprendizagens, construindo conhecimentos desenvolvendo habilidades e competências antes adormecidas.
Eu Já aprendi muito e ainda estou aprendendo. exemplo disso é a minha alfabetização digital, a qual teve início juntamente com meu curso à distância.
Sabemos que ainda existem alguns cursos que desqualificam a modalidade, mas que o MEC já vem tomando providências quanto a isso.
Espero que a ideia errônea de que a Educação à Distância não forma excelentes profissionais deixe de existir, pois posso dizer que com tantas aprendizagens consolidadas durante esta caminhada no curso de Pedagogia, EAD da UFRGS, tenho uma ótima qualificação profissional, pois estive e ainda estou cercada de excelentes mestres muito bem qualificados.

Referências:
FRANCO, Sérgio Roberto Kieling. Guia de Educação à Distãncia. Zero Hora. Porto Alegre, p. 1, 8, 17 de jun, 2010.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Reta final

Hoje foi meu último dia de estágio. Como passou rápido!
Muitas aprendizagens se concretizaram. Colocar em prática os conhecimentos aprendidos durante o decorrer do curso trazia certo medo, muitas expectativas, ansiedade... por fim a concretização da ação pedagógica alcançada com empenho e sucesso.
Ensinar exige comprometimento (FREIRE, 2003, p.96), por isso se faz necessário que o nosso discurso de aproxime o máximo possível de nossas ações. Muitas vezes, é necessário interpretar o que se passa no espaço escolar como nossos alunos, levando em consideração uma série de fatores que não cabem a escola acatar.
Busquei trabalhar com meus alunos a pedagogia centrada na autonomia dos mesmos, trazendo experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, experiências respeitosas da liberdade. A liberdade ao ritmo de cada um. Instigando os alunos a construírem novos saberes, estimulando a curiosidade, a percepção dos fatos, das coisas, dos acontecimentos, respeitando e aproveitando as suas vivências para tornar os aprendizados significativos e prazerosos.
Para tornar esta prática efetiva em todos os momentos, precisei refletir e reavaliar a minha prática docente a cada dia, semana... Não tendo absoluta certeza de minhas próprias certezas, buscando inovar, mediar e facilitar sempre.
O período de estágio foi uma grande experiência que ficará registrada na forma de mais um aprendizado significativo.
Procurei criar para alunos as mais diversas oportunidades de aprendizado, “[...]ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p. 47).
Ao término deste período tenho a feliz sensação de missão cumprida com empenho, dedicação e muito esforço.

Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aprender também deve ser prazeroso

Usando a poesia, os poemas, as histórias, as fábulas ...como incentivo à alfabetização. Na minha prática em sala de aula todos estes recursos costumam ser meus aliados no processo de ensino-aprendizagem .
Proporcionando atividades significativas de leitura e escrita, fazendo relação com objetos culturais com funções sociais.
Teberosky e Colomer enfatizam que a presença de objetos escritos na sala de aula e a atitude do professor que facilita e orienta sua exploração favorece as atividades de escrever e ler, mesmo antes de as crianças poderem fazê-lo de forma convencional.
São muitas as formas de desenvolver as atividades e o mais interessantes é que podemos extrapolar a sala de aula. Este aspecto é muito importante, para não nos limitarmos às quatro paredes da sala de aula e perdemos tantas coisas ricas para a aprendizagem que estão no meio.
O trabalho com as poesias proporciona um grande incentivo a leitura e escrita. Através desse recurso explorei com os alunos a produção de rimas já existentes nas poesias e rimas inventadas pelos alunos, fizemos produções artísticas materializando as poesias.
Aprendemos os mais diversos conteúdos de forma gostosa e agradável, além tornar todos estes trabalhos em experiências de aprendizagens que com certeza não serão esquecidas.

Referências:
TEBEROSKY,Ana; Conomer, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta Construtivista. Porto Alegre: artmed,2003. tradução Ana maria neto Machado.