domingo, 8 de novembro de 2009

Ideal

O filme “Seu nome é Jonas” mostra mãe com toda a responsabilidade sobre o filho. Isso é bastante comum em se tratando de qualquer criança com portadora de necessidades educativas especiais ou até mesmo o abandono total do pai em relação a toda a família. O menino sofria o preconceito dos vizinhos e também da família, pois o rotularam como incapaz, como retardado. A mãe buscou auxílio para Jonas, levando-o para aprender através de um método chamado “Terapia da Palavra”, o que consistia num treinamento mecânico de repetição de palavras, mesmo sem significado algum para o menino. O objetivo era aprender a falar, utilizando a linguagem oral. Como os resultados não apareciam a mãe visita o Clube de Surdos. Então, o menino insere-se de fato na sociedade, a partir do momento em que aprende a Língua de Sinais, podendo interagir com as demais pessoas. O ideal seria que todos tivessem o mesmo desfecho que Jonas. Ainda hoje, nossa sociedade exclui e discrimina o diferente, em todas as classes sociais. A escola, o espaço social que está mais empenhado em aprender e buscar informações para inserir o aluno surdo nos grupos sociais, iniciando pela própria instituição escola, claro que posteriormente ao desejo do nosso primeiro grupo social que é a família.

Fascinante

Estava bastante ansiosa pela primeira aula presencial de libras. Realmente é fascinante a utilização da Língua de Sinais. È também bastante complexo, precisa de prática, ainda lembro alguns sinais mas já esqueci muitos por não praticar constantemente. No ano de 2005 fiz um módulo de Libras, na EST em São Leopoldo, também participei de um seminário na Feevale sobre a comunidade surda, foi bastante interessante. A minha opinião sobre as pessoas surdas, é mesma que tenho perante as demais pessoas, independente de raça, religião, da cor, da opção sexual... É importante ressaltar que os surdos são indivíduos como quaisquer outros, com suas individualidades, desejos, facilidades e dificuldades. Ainda existem muitos preconceitos em relação aos surdos principalmente por pessoas que os desconhecem, enquanto deficientes auditivos. Aconteceram muitas mudanças, porém é pouco precisamos de mais para que todos tenham direito a cidadania, sendo respeitados, tendo uma língua própria, a Língua de Sinais. É visível a organização demonstrada pela comunidade surda, provando que são capazes de lutarem por seus e direitos na sociedade e conquistaram seus espaços.

Sensibilizada

Visitei a escola para realizar a entrevista. Tinha poucos alunos em cada sala de aula. A professora comentou a respeito da evasão, no início do ano salas cheias e agora nem tanto. Ao fazer as entrevista da EJA percebi a importância dada pelos estudantes a aprendizagem vontade de concluir aquela etapa e a valorização dada para as professora e para a escola.Todos os meus entrevistados tiveram que se afastar da escola por necessidade de trabalhar para ajudar nas despesas familiares. E agora retornam aos estudos, seria a função reparadora do EJA. Destacaram as necessidades hoje presentes na sociedade que exigem o mínimo de estudo para poderem estar no mercado de trabalho ou a necessidade de poder estar atuante em nossa sociedade. Foi bastante interessante realizar estas entrevistas e vivenciar um pouquinho destas experiências.

Alfabetização

Ao ler texto “Alfabetização e a pedagogia do empowerment político”, de Henry Giroux Percebo que para Freire a alfabetização é parte do processo pelo qual alguém se torna autocrítico a respeito da natureza historicamente construída de sua própria experiência. Ser capaz de nomear a própria experiência é parte do que significa \"ler\" o mundo e começar a compreendera natureza política dos limites bem como das possibilidades que caracterizam a sociedade mais ampla. A alfabetização significa, também, compreender os detalhes da vida quotidiana e a gramática social do concreto mediante as totalidades mais globais da história e do contexto social. Com base nisto temos que seguir com nosso papel de educadores, compreendendo o que realmente se passa com nossos alunos para que eles não sejam apenas funcionais. Temos que trabalhar os conteúdos, mas não por si só; eles precisam fazer parte contexto, para que os alunos sejam capazes de fazer a leitura do mundo e não apenas decodificá-la. A leitura do mundo faz parte da alfabetização. Além disso, o tema alfabetização e poder não começa e termina com o processo de aprender a ler e escrever criticamente; ao contrário começa com o fato da existência de cada um como parte de uma pratica historicamente construída de relações do poder.

Parecer CEB 11.2000Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos.

A EJA é uma modalidade da educação básica, nas etapas do ensino fundamental e médio. Necessita ser pensada como um modelo pedagógico próprio Tem o intuito de garantir uma educação de qualidade a todos aqueles que por algum motivo não tiveram acesso ao ensino regular, ficando assim defasados com relação à idade série em que deveria estar, ou deveriam ter concluído. Apresenta três funções: Reparadora, Equalizadora e Permanente.
Reparadora: buscando a reparação de um direito negado, sejam por motivos sociais, culturais, no caso das etnias e outras, ou econômicos. Equalizadora; Visa à inserção no mundo do trabalho, na vida social, a igualdade de oportunidades, retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades em nível técnico e profissional mais qualificado com acesso ao trabalho e a cultura. Permanente; propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida, é o próprio sentido do EJA.
A preocupação com o desenvolvimento humano e profissional do educando, juntamente com a construção da cidadania.Para isso destaca a importância de uma preocupação com horário acessível a todos, flexibilidade curricular e o trabalho de temas relacionados a vida cotidiana, considerando as múltiplas experiências de vida, de trabalho e de situação social de cada um. Assim, como a busca dos mesmos pela alfabetização ou complementação de estudos é motivada pela necessidade de inserção profissional buscando melhorias das condições de existência. Sob esta ótica as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e adultos segundo a LDB propõem:Uma educação vinculada ao mundo do trabalho e a prática social. Quanto à relação existente entre a educação e o trabalho dentro dos espaços do EJA fica a dúvida se realmente existe. Fica difícil visualizar nas salas de aula, nos educandos uma preparação para o trabalho, uma qualificação profissional ou mesmo para a continuidade dos estudos. Os profissionais em sua grande maioria fazem o seu melhor neste trabalho. O que realmente falta são as políticas públicas efetivas para a existência deste mercado de trabalho. Para que isso aconteça à educação deve dirigir-se na busca da formação crítica e consciente destes indivíduos.

Ensino

O resultado é que, como estratégia para sobreviver rias salas de aula, meninos e meninas passam a acumular em suas mentes uma "sobrecarga de fragmentos sem conexão uns com os outros, que só são aceitos baseados na repetição ou na autoridade" (Dewey, J., 1989, p, 159). É preciso formar cidadãos críticos e reflexivos, que possam dar conta de todo o processo e não apenas de uma parte; é imprescindível globalizar e não mais fragmentar. É necessário e urgente fazer-se efetivar uma prática que ainda está muito presente nos discursos escolares, tornando a educação uma forma de contribuir para a formação de sujeitos autônomos, capazes de discernir diante de diferentes situações sociais, primando sempre pela democracia, seja nas decisões, seja nos direitos de cada um.

Comênio

A nossa classe é cada vez mais desvalorizada. Recuperamos até gripe! Será que estes dias não poderiam ter sido abonados? Será eficaz as recuperações feitas aos sábados? Acredito que não, pois metade dos alunos não compare, os professores em sua grande maioria estão exaustos, a aula fica sem qualidade, pelo menos é isso que percebo nas realidades onde estou inserida. A busca por uma educação e aprendizado com êxito percorre séculos e parece permanecer ainda com as mesmas dificuldades anteriores. Comênio destaca a consideração do aluno, a capacidade de compreensão, a igualdade para todos, a aprendizagem através experiências e das próprias observações, atribui ao bom relacionamento entre professor e aluno como fundamento para a aprendizagem do aluno. Tudo que hoje buscamos atingir. Já temos avanços nestes elementos: a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, mas ainda pouco significativo. Compreender o aluno e levar em consideração suas aprendizagens é elementos facilitadores no processo de ensino e aprendizagem; bem como o bom relacionamento de professores e alunos, ainda percebem-se práticas aquém destas perspectivas; onde a velha “cartilha” é um livro sagrado fazendo papel exclusivo na formação do educando. Não sou contra o uso dos livros didáticos na formação dos alunos, mas se faz necessário prestar atenção na maneira com são utilizados. Então vejo que sábados e pedagogia de Comênio são totalmente opostos.

Planejamento

Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo
de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (Gandin, 1985, p.22). Na verdade estamos sempre revisando nossas ações em sala de aula e então estamos planejando. No município de Portão temos direito a quatro horas semanais para fazer o planejamento das aulas pra os alunos,ao contrário do acontece no Estado não temos esta hora para planejamento, acabamos por ter que realizar em casa. Esta hora planejamento é muito importante ,pois dá qualidade para o trabalho a ser realizado, a grande defasagem das escola estaduais talvez seja este ponto, pois os professores não dispõe deste tempo e alguns acabam por entrar em sala de aula sem ter um planejamento a seguir. Segundo Rodrigues, “toda ação pedagógica deve estar sustentada por pressupostos teóricos que explicitem concepções. Os pressupostos teóricos estabelecem as diretrizes do trabalho, definido procedimentos e estratégias metodológicas.

O Menininho

Gostei muito deste texto. Substitui uma colega em uma turma de terceira série e ao colocar o dia no quadro os alunos foram logo dizendo:
-” A profe faz assim!”
-Ela coloca o dia, depois o nome dela, 1 oração, 2 correção do tema... ”
Eu respondi que cada pessoa faz de um jeito e que contaria uma história para eles. Então contei a história do Menininho e questionei sobre o que eles preferiam. Foi muito interessante, pois conseguiram refletir sobre o assunto, percebendo a necessidade de ter autonomia na realização das tarefas e não somente esperar o trabalho ou a ordem pronta, conseguiram ver que são responsáveis por suas atitudes, notando as consequências que as mesmas têm. Gosto de enfatizar para os alunos que cada um realiza o que pode, da melhor forma que pode, valorizando assim suas idéias e produções. Este texto enriqueceu minha prática, pois utilizei também em minha turma multisseriada, contei a história, também refletimos e, além disso, fizemos um teatro baseado no texto para apresentar na reunião de todos os diretos da rede municipal. Foi ótimo!